terça-feira, 15 de abril de 2014


Ar poluído mata mais de 7 milhões

Especialistas apontam o atraso na adoção de combustíveis limpos como uma das causas da alta mortalidade indicada por estudo da OMS
15/04/2014 | 00:07 | 

Mais de 7 milhões de pessoas morreram em todo o mundo, em 2012, por motivos relacionados à poluição do ar. Isso representa uma em cada oito mortes registradas naquele ano – mais que o dobro das medições anteriores. Os dados, divulgados no final de março, são da Organização Mundial da Saúde e revelam que 4,3 milhões de óbitos têm a ver com a poluição em ambientes fechados, provocada pelo uso de fogões a carvão, madeira e biomassa.
Boas práticas
Afetadas pela poluição do ar, algumas cidades ao redor do mundo adotaram medidas para enfrentar o problema. Confira:
Pequim – Famosa pela nuvem de poluição que chega a impedir a visibilidade para além de 500 metros, a cidade chinesa adotou no início do ano severas medidas para mudar o quadro. Pequim agora irá controlar a emissão de gases poluentes e aplicará penalidades mais severas aos infratores.
Cubatão – Considerada a cidade mais poluída do mundo nos anos 1980, Cubatão (SP) diminuiu em 98% a quantidade de poluição após 25 anos da adoção de um programa ambiental que visava reduzir níveis específicos de poluentes das indústrias da região. Apesar da redução, a qualidade do ar ainda não atingiu o limite mínimo de 50 microgramas por metro cúbico de material particulado.
Santiago – A capital chilena adotou o rodízio veicular para tentar diminuir a poluição do ar. Para driblar a camada de poluição formada em sua área urbana, entre as cordilheiras das Costas e dos Andes, a cidade impede que motoristas usem seus carros duas vezes por semana.
Cidade do México – Enfrentando problema semelhante ao de Santiago, a capital mexicana também implantou o rodízio veiclar. Além disso, os mexicanos são proibidos de circular com carro em mais de 22 km de vias aos fins de semana, e anualmente submetem seus carros ao controle de poluentes.
Seul – A cidade sul-coreana irá trabalhar em conjunto com autoridades chinesas para reduzir o efeito do chamado smog (nuvem de poluição). Além disso, os coreanos já despoluíram o Rio Cheonggyecheon, o que também melhorou a qualidade do ar.
Londres – A poluição é tão grande na cidade britânica que fez até o primeiro-ministro David Cameron cancelar uma corrida matinal. Assim como em Pequim, notícias sobre a poluição atmosférica londrina rodou o mundo durante os Jogos Olímpicos. Desde 2012, uma das estratégias adotadas por lá tem sido o rodízio veicular, ação que ainda não surtiu o efeito esperado.
Para especialistas em poluição atmosférica, os números são alarmantes e refletem o impacto do crescimento da frota automotiva sem o avanço, na mesma velocidade, de novas tecnologias limpas de combustíveis, além do baixo nível de controle sobre a qualidade do ar.
A OMS não tem os dados separados por países, mas divulgou as estimativas de mortes em algumas regiões do planeta. De acordo com a organização, dos 227 mil óbitos registrados nas Américas, 131 mil ocorreram em países com baixo ou médio nível de renda. Países do sudoeste asiático e do pacífico ocidental acumularam mais de dois milhões de óbitos.
Segundo Carlos Corvalan, assessor em avaliação de risco e mudança ambiental global da OMS, os dados dos países das Américas não são os maiores do planeta, mas ligam o sinal de alerta. “São mortes que poderiam ser evitadas se houvesse um controle mais rigoroso. A organização deve divulgar os dados por países daqui dois meses e aí saberemos como está o Brasil.”
Para o consultor em sus­ten­tabilidade Fabio Feldmann, países emergen­tes ainda estão atrasados no uso de novas tecnologias. “Em países mais desenvolvidos, você trabalha com combustíveis mais limpos. Aqui no Brasil, por exemplo, a frota de caminhões tem média de 18 anos de idade e a maior parte dela roda com diesel de má qualidade.”
Doenças
As doenças mais comuns relacionadas à má qualidade do ar foram as cardiovasculares, como derrames e problemas cardíacos, mas 6% das mortes estão ligadas ao câncer no pulmão. No total, 3,7 milhões de óbitos foram colocados na conta da poluição atmosférica. Como há muitas pessoas expostas às duas fontes, não é possível apenas somar as mortes ligadas aos poluentes externos e internos – daí a estimava de sete milhões de óbitos.
O especialista em poluição Alfred Szwarc ressalta o impacto do ar de ambientes fechados no estudo. “É significativo que mais da metade dessas mortes tenha ocorrido devido aos poluentes em ambientes internos. No caso do estudo, isso se refere, principalmente, ao uso de combustíveis sólidos, como carvão e lenha, para preparação de alimentos em comunidades pobres da Ásia e da África”, afirma.
Mais mortes
Os dados da OMS de 2012 revelam crescimento em relação aos números até então disponíveis. No caso da poluição atmosférica, houve quase três vezes mais mortes (3,7 milhões de casos ante 1,3 milhão de 2008). Para a poluição interna, a letalidade dobrou – passando de dois milhões de casos em 2004 para os 4,3 milhões de dois anos atrás. O aumento da mortalidade, segundo a organização, não se deve apenas ao conhecimento mais amplo das doenças ligadas ao tema, mas também à melhor avaliação da exposição humana a poluentes.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Expectativa de vida no País sobe 25,4 anos 

      A expectativa de vida do brasileiro aumentou em 25,4 anos de 1960 a 2010, ao passar de uma média de 48 anos para 73,4 anos. A esperança de vida do Censo 2010 já havia sido divulgada em dezembro, mas a comparação da evolução em 50 anos foi feita nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no anúncio de novos recortes de dados da pesquisa. De acordo com o IBGE, o número médio de filhos por mulher caiu de 6,3 para 1,9 nesse mesmo período. A taxa está abaixo do nível de reposição da população, o que altera a pirâmide etária brasileira para uma estrutura mais envelhecida, como observada em países desenvolvidos. A participação de idosos na população saltou de 2,7% para 7,4%.
      A diminuição nos níveis de fecundidade derrubou a parcela da população entre 0 e 14 anos de idade no total de brasileiros, que passou de 42,7% em 1960 para 24,1% em 2010. Com queda da mortalidade observada no período, a participação da população em idade ativa (15 a 64 anos) subiu de 54,6% para 68,5% do total.
      O Censo de 2010 mostra ainda que a razão entre gêneros no País, que foi de 99,8 homens para cada 100 mulheres em 1960, chegou a 96 brasileiros do sexo masculino para cada 100 do sexo feminino em 2010.
 Fonte: Gazeta do Povo / IBGE. Acesso 26/06/2012.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Conflitos Mundiais Recentes

Conflitos Mundiais Recentes
Bolívia

 A Bolívia é um dos países mais politicamente instáveis da América Latina, tendo enfrentado, até hoje, 193 golpes de Estado. Desde o início de seu mandato, o governo do presidente Juan Evo Morales Ayma (do partido Movimento ao Socialismo) impôs grandes perdas aos departamentos (estados) mais ricos do país, principalmente ao promulgar uma lei que federalizou a receita advinda da exploração das reservas de gás. Em 2008, em um processo de crescente tensão política, os departamentos de Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando (que, juntos, possuem mais de 80% das reservas de gás do país) passaram a exigir maior autonomia em relação ao governo federal, defendendo mudanças na distribuição dos impostos e na escolha de seus governadores. A crise se intensificou em consequência de três fatores: (a) interferência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em favor de Evo Morales; (b) acusações do governo boliviano contra os EUA, alegando que os separatistas recebiam apoio da diplomacia norte-americana (o embaixador norte-americano chegou a ser expulso do país); e (c) realização de referendos (sem apoio legal), nos departamentos citados acima, com o objetivo de aprovar constituições autonomistas. Depois de embates violentos em algumas províncias - o país esteve à beira de uma guerra civil -, opositores e governo concordaram em iniciar conversações, graças, em grande parte, à interferência da diplomacia brasileira. A tentativa de intermediação brasileira se deveu, principalmente, a três questões: (a) evitar um clima de instabilidade que causaria reflexos na fronteira da Bolívia com os estados do Acre e de Rondônia, inclusive com a entrada de refugiados bolivianos no Brasil; (b) há quase 15 mil cidadãos brasileiros vivendo em solo boliviano; e (c) impedir que o clima de violência comprometesse o fornecimento de gás ao Brasil. Uma nova Constituição foi aprovada na Bolívia, mas o país segue com graves divisões internas.

 Colômbia, Equador e Venezuela

 Em 1º de março de 2008, tropas da Colômbia atacaram um acampamento do movimento guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em uma região de fronteira, mas dentro do território do Equador. Durante o ataque, mataram um dos principais líderes das FARC, Raúl Reyes, e mais 16 guerrilheiros. Em um primeiro momento, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou estar informado do ataque. Logo depois, contudo, declarou que o exército colombiano havia entrado no Equador sem sua autorização, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia e enviou mais de 3 mil soldados à fronteira. A mudança de comportamento de Correa aparentemente ocorreu sob influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Este já se encontrava em crise com o governo colombiano, desde que havia sido afastado das negociações que a Colômbia mantinha com as FARC, com o intuito de firmar um acordo humanitário para libertação dos reféns mantidos há anos pelos guerrilheiros. Ao ser informado da morte dos guerrilheiros, Chávez proferiu severas críticas ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e mobilizou dez batalhões do exército na fronteira com esse país. A crise se acirrou no dia 4 de março, quando a Colômbia anunciou ter descoberto, nos computadores dos guerrilheiros mortos, provas de que o Equador e a Venezuela mantêm vínculos estreitos com as FARC. Segundo o diretor da Polícia da Colômbia, Óscar Naranjo, os documentos provariam: (a) que a Venezuela, além de fornecer armas às FARC, já contribuíra com cerca de 300 milhões de dólares para ajudar os guerrilheiros; e (b) que o ministro da Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, havia demonstrado interesse em oficializar as relações com as FARC. Em meio a um clima de acusações e de iminência de guerra entre os países, Álvaro Uribe declarou que não enviaria tropas às fronteiras do Equador e da Venezuela, mas que apresentaria as provas encontradas à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à ONU, reiterando que os documentos encontrados com os guerrilheiros "violam a normalidade internacional na sua proibição aos países de proteger terroristas". Em julho de 2009, o Exército colombiano apreendeu uma série de lança-foguetes produzidos na Suécia em um dos acampamentos das FARC. Consultada, a Suécia confirmou que os números de série das armas correspondem a um lote vendido pela empresa Saab Bofors Dynamics ao Exército da Venezuela. O fato, que fere todos os acordos internacionais, provocou uma nova crise entre os países.

 Rússia e Geórgia

 A guerra entre a Rússia e a Geórgia, em agosto de 2008, ocorreu em função do projeto separatista da Ossétia do Sul e da Abkházia, mas está relacionada a problemas que datam da dissolução da União Soviética. Antes do colapso do regime socialista, a região da Ossétia do Sul havia declarado autonomia em relação à República Socialista Soviética da Geórgia, aproximando-se da Rússia, que dominava a União Soviética. Com a dissolução da URSS, em 1991, a Geórgia tornou-se uma república independente. A Ossétia do Sul procurou seguir pelo mesmo caminho, proclamando sua independência em relação à Geórgia. Disso resultou uma guerra entre a Geórgia e a Ossétia do Sul que se estendeu até 1992. A Rússia intermediou a paz entre as duas. A atuação russa, porém, estava condicionada por seus próprios interesses: transformar em área de influência russa tanto a Ossétia do Sul quanto a própria Geórgia. A Geórgia, contudo, caminhava no sentido contrário às ambições russas, particularmente a partir de 2004, com a eleição do presidente Mikhail Saakashvili, que tentou levar o país à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), além de se aproximar dos Estados Unidos, de modo a escapar ao poderio russo. Em 2008, a Ossétia do Sul retomou suas pretensões separatistas. Ao mesmo tempo, a tentativa georgiana de entrar para a Otan fez com que a Rússia apoiasse a independência da Ossétia do Sul. A reação da Geórgia foi atacar a Ossétia com artilharia e foguetes. A Rússia, então, entrou na guerra. O conflito entre os países durou alguns dias, até que os russos aceitaram o cessar-fogo negociado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. O clima de tensão, contudo, permanece.

 Israel e a faixa de Gaza

 Na passagem de 2008 para 2009 as Forças de Defesa de Israel iniciaram uma ofensiva contra a faixa de Gaza, território palestino dominado pelo grupo radical islâmico Hamas. O objetivo da operação era eliminar a capacidade do Hamas de atacar as cidades israelenses próximas à fronteira. Os bombardeios começaram oito dias depois do fim de uma trégua de seis meses mediada pelo Egito, que não foi renovada em meio a acusações mútuas de desrespeito aos termos do acordo. Na verdade, nenhum dos dois lados cumpriu o acordo: foguetes continuaram a ser lançados de Gaza, atacando cidades de Israel - e Israel não liberou o fluxo de mercadorias para a região, sob bloqueio econômico e físico israelense desde meados de 2007. Na verdade, o cenário foi agravado quando o Hamas derrotou o Fatah - partido do líder Yasser Arafat, morto em 2004 - nas eleições palestinas em 2006. Diferente do rival, o Hamas não reconhece o Estado de Israel e não aceita os acordos já firmados do país com a ANP (Autoridade Nacional Palestina). A ofensiva de Israel sobre a faixa de Gaza durou 22 dias, provocando centenas de mortes

. China e Tibete

 O isolamento provocado pela altitude favoreceu o surgimento, no Tibete, de uma civilização característica: no século 7, o país se converteu num reino lamaísta, seita local do budismo, que definiria o caráter teocrático da estrutura política e econômica do Estado tibetano. Depois de várias turbulências políticas, o Tibete foi um país independente de 1911 a 1950, quando foi anexado à China comunista. De lá para cá, manifestações do povo tibetano contra o domínio chinês se repetem esporadicamente. Em 1959 ocorreu um grande levante, violentamente reprimido. Em agosto de 2008, o movimento nacionalista do Tibete voltou a protestar contra o domínio da China sobre a região. Os primeiros protestos surgiram logo após a prisão de monges tibetanos que organizaram uma passeata para marcar os 49 anos do grande levante contra o governo chinês. Em seguida, milhares de pessoas também foram às ruas, reivindicando a independência. Segundo observadores internacionais, o governo chinês reprimiu violentamente as manifestações, provocando mais de 120 mortes
 Fonte:< http://vestibular.uol.com.br/revisao-de-disciplinas/geografia/conflitos-mundiais-recentes.jhtm> acessso em 18/05/2012.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mundo enfrenta novos desafios ao chegar aos 7 bilhões de habitantes

Marco será alcançado oficialmente no dia 31 de outubro. Tema está sendo discutido durante apresentação em Londres do Relatório Estado da População Mundial 2011


A chegada da população mundial aos sete bilhões de habitantes, que deve aumentar para mais de 10 bilhões em 2100, é uma grande conquista para a humanidade, mas também cria novos desafios importantes para evitar o aumento das desigualdades, considerou a ONU nesta quarta-feira.

O marco dos sete bilhões, que oficialmente será alcançado no dia 31 de outubro, "constitui um desafio, uma oportunidade e um chamado à ação", declarou Babatunde Osotimehin, diretor-executivo do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, em inglês) na apresentação em Londres do relatório Estado da População Mundial 2011.

Embora o desenvolvimento e o crescimento econômico tenham provocado uma diminuição gradual da fecundidade média no mundo, que em seis décadas passou de 6 para 2,5 filhos por mulher, a população mundial não deixou de crescer, em particular devido a um aumento da expectativa de vida, que passou neste período de 48 para 68 anos.

A fecundidade varia, no entanto, de 1,7 filho nos países mais avançados - abaixo da taxa de substituição geracional, fixada em 2,1 - a 4,2 nos menos desenvolvidos, e inclusive 4,8 no caso da África subsaariana, uma das regiões que cresce com maior rapidez, explica o informe de 126 páginas.

Isto faz com que os menores de 25 anos representem atualmente quase metade (43%) da população mundial, com a maioria nos países em desenvolvimento, e contribui para o progressivo envelhecimento registrado em todas as partes, mas sobretudo no mundo desenvolvido.

Atender a estes segmentos crescentes da população - os maiores de 60 anos são 893 milhões e podem chegar a 2,4 bilhões em 2050 - constituem dois dos grandes desafios, junto ao planejamento urbano, à gestão das migrações e dos recursos naturais.

"As dinâmicas de mudança da população têm repercussões no desenvolvimento sustentável para todos", considerou o médico Osotimehin, ex-ministro de Saúde da Nigéria.

Porque enquanto nos países mais pobres a alta natalidade "perturba o desenvolvimento e perpetua a pobreza", nos mais ricos "a escassa quantidade de pessoas que ingressam no mercado de trabalho suscita inquietações em relação às perspectivas de crescimento sustentável e a viabilidade dos sistemas de segurança social", ressalta o relatório.

E a pressão deve aumentar ainda mais. Segundo as previsões da ONU, a Terra, que ganha agora cerca de 80 milhões de habitantes - ou o equivalente da Alemanha - por ano, somará outros 2,3 bilhões até 2050 e deve acabar o século com 10 bilhões, ou inclusive 15 bilhões, caso a desaceleração da fertilidade nos países de maior população seja menor que a prevista.

Por isso, naqueles países onde o aumento da população é mais acelerado que o crescimento econômico, é importante facilitar o acesso aos serviços de saúde reprodutiva e de planejamento familiar.

"A conquista de um planejamento estável é um requisito indispensável para o crescimento econômico planejado e o desenvolvimento acelerado", escreveu o diretor executivo da UNFPA.

Com esse objetivo, a UNFPA recomenda investir para garantir o acesso dos jovens, que, segundo Osotimehin, "determinarão o impulso do crescimento futuro" à saúde, à educação e ao emprego, uma aspiração cada vez mais difícil de conseguir no contexto atual.

A população crescente também forçará a discussão de problemas como a pressão crescente sobre o meio ambiente, especialmente devido a uma demanda cada vez maior de recursos naturais, e sobre cidades em plena expansão, muitas vezes de forma irregular.

O informe destaca por último o papel que uma "imigração ordenada" pode desempenhar como vetor de desenvolvimento para as nações mais pobres, que também se beneficiariam das remessas, e como "fonte de capital" para compensar a falta de mão de obra nas mais industrializadas.

"Se desde agora se planejar corretamente e forem realizados os devidos investimentos nas pessoas, nosso mundo de sete bilhões pode ter cidades prósperas e sustentáveis, forças de trabalho produtivas que impulsionam o crescimento econômico, populações de jovens que contribuam para o bem-estar das economias e sociedades e uma geração de idosos saudáveis", assegurou Osotimehin.
Disponível em :http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?utm_source=twitter_capa&utm_medium=referral&id=1185184&tit=Mundo-enfrenta-novos-desafios-ao-chegar-aos-7-bilhoes-de-habitantes>. acesso em 26/10/2011.



Chineses solteiros pagam até R$ 10 mil por esposas virgens
15 de setembro de 2011 Pavarini
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Publicado originalmente por EFE [via UOL]


O desequilíbrio de gêneros na China obriga os 18 milhões de solteiros chineses a viajar para países como o Vietnã e Brunei em busca de esposas, as quais chegam a valer R$ 10 mil se forem virgens.
Os abortos seletivos de meninas na sociedade também agravam a situação de desequilíbrio. A perspectiva é que em 2020, a China tenha 24 milhões de pessoas solteiras, já que para cada 116 homens nascem 100 mulheres. No resto do mundo, a proporção é de 103 e 107 homens para cada 100 mulheres.
Por conta dessa situação, alguns solteirões chineses optam por viajar para países como o Vietnã para comprar suas esposas. No Vietnã, existem agências especializadas em oferecer esposas a partir de US$ 900. Detalhe: o cliente ainda possui garantia que varia de três meses a um ano, caso sua esposa queira fugir.
Para as vietnamitas, que são as mais cotadas, casar-se com um chinês significa fugir da pobreza e da baixa posição social. Para elas, os chineses são como os americanos são para as chinesas, ou seja, uma fonte segura de vida confortável e segura.
Por sua vez, os homens chineses também optam pela compra de suas esposas para não precisar corresponder às inúmeras exigências das mulheres chinesas, que procurem ao menos homens que ofereçam uma casa, um veículo e um salário fixo elevado.
Segundo um relatório do portal chinês “Souhu Jiaodian” – sobre o custo de um casamento nas maiores cidades da China, elaborado a partir de uma enquete feita pela internet – em Pequim, por exemplo, é preciso em torno de US$ 315 mil para garantir sua esposa.
A pesquisa leva em conta o custo aproximado de uma casa de 80 metros quadrados, despesas com decorações, artigos para o lar, carro, festa de casamento e lua de mel na Europa, além de tudo que foi gasto durante o período de namoro.
Após todos esses cálculos, pagar uma quantia de US$ 900 a US$ 6 mil para comprar uma esposa que, segundo seus vendedores, será carinhosa e boa, motivou muitos chineses. Há uma pressão pessoal e familiar muito forte na China para comprar uma casa e conseguir uma esposa.
Natural da província sulina de Guangxi, Hong Lin, 22 anos, operário e cujo salário mensal é US$ 312, contou ao portal “Global Times”, porque foi buscar uma mulher no Vietnã: “Para alguém como eu é muito difícil conquistar uma mulher chinesa. Eu não queria mais ficar sozinho”.
Assim como Hong, muitos chineses pobres partem para o sudeste asiático em busca de comprar uma mulher. Na visão delas, os chineses são ricos e, por isso, aceitam se casar imediatamente. No entanto, muitos destes casamentos comprados são feitos sem o consentimento das futuras esposas, que são raptadas de suas famílias e obrigadas a se casarem para, em muitas ocasiões, acabarem maltratadas e prostituídas.
Com casamentos comprados e forçados, muitas esposas, após um curto tempo ao lado “marido”, fogem. Em Shuangfeng, na província central de Hunan, muitos habitantes ficaram sem suas esposas. As mulheres, que foram adquiridas por preço médio de US$ 5.686, desapareceram juntas abandonando cerca de 50 chineses.
A fuga coletiva das esposas revelou um possível acordo firmado entre a empresa vendedora e as mulheres vendidas que, desta maneira, poderão ser revendidas e lucrar em dobro com o valor da transação. Por conta desse motivo, os novos compradores estão passando a exigir garantia para empresa.
O desequilíbrio de gêneros intensifica o tráfico de mulheres na China. Porém, a pressão social força muitos solteiros, independentemente da idade, a comprarem suas esposas.
Segundo a Federação de Mulheres Chinesas, na cidade fronteiriça de Guangxi, que possui 120 mil habitantes, vivem 1,6 mil mulheres vietnamitas, sendo que 647 não possuem nenhuma formalidade legal.
Disponível em:< http://www.pavablog.com/2011/09/15/chineses-solteiros-pagam-ate-r-10-mil-por-esposas-virgens/>. Acesso em 19 setembro 2011.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados
Mahatma Ghandi